29 de nov. de 2019

Em alusão ao mês da Consciência Negra, acadêmicos realizam Júri Simulado do caso “Os Cinco do Central Park”



Para gerar reflexões em referência ao mês da consciência negra, o curso de Direito da faculdade Facimp Wyden realizou na última terça-feira (26), no Plenário Leo Franklin da Câmara Municipal de Imperatriz, um Júri Simulado que uniu seus acadêmicos e também alunos do terceiro ano da rede pública, do Centro de Ensino Graça Aranha, para simularem o julgamento do polêmico caso “Os Cinco do Central Park”, um caso criminal que condenou injustamente cinco adolescentes negros por estupro no Central Park em New York, nos Estados Unidos, em 1989.
Iniciando as atividades, o caso foi apresentado a todos os presentes no Plenário e se encaminhou durante a tarde com a acusação e a defesa, simulando o julgamento do caso real, e, no final do Júri, foi feita uma atividade dinâmica sorteando sete estudantes do CE Graça Aranha entre todos os que assistiram a ação para comporem o conselho de sentença e decidirem o caso.
O Júri Simulado foi idealizado pelo curso de Direito da Facimp Wyden, através da professora Dinalva Maria Feitosa, junto ao coordenador do curso, Eduardo Hoff, que relataram a importância de atividades desse tipo para os acadêmicos terem uma experiência prática do que vão encarar na vida profissional.
O coordenador do curso, Eduardo Hoff, ainda acrescentou a motivação na escolha da temática do Júri Simulado, que retratou o caso de condenação de adolescentes negros nos EUA. “Essa temática foi levada em consideração, pensando no mês da consciência negra, justamente para gerar uma série de reflexões e conscientizar o público sobre o preconceito e racismo existente na sociedade”.
O caso “Cinco do Central Park”
No caso conhecido como "Os Cinco do Central Park", um grupo de adolescentes, quatro negros e um hispânico entre 14 e 16 anos, foram acusados injustamente de estuprar e deixar quase morta uma jovem que corria no Central Park de New York. O caso dominou as manchetes dos jornais há 30 anos, expondo a discriminação racial na região.
Eles foram absolvidos em 2002, depois que um estuprador em série confessou o crime. Posteriormente foi feito um acordo de indenização após um longo processo legal, com a Prefeitura de New York em 2014.

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