As Fundações de Amparo à Pesquisa do
Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio
Grande do Norte e Sergipe), no âmbito do Comitê Científico de Combate ao
Coronavírus (C4NE), elaboraram formulário de pesquisa para aconselhamento dos
governadores da região como ponto estratégico das possíveis ações e políticas
de fomento à ciência que pode ser feitas.
O formulário está disponível no
link: https://bit.ly/fapsnordestecovid.
O objetivo do formulário é identificar
as pesquisas que já estão sendo realizadas com foco na Covid-19 e as possíveis
pesquisas que podem ser financiadas num futuro edital do consórcio de todas as
fundações do Nordeste. Para respondê-lo é bem simples e os participantes podem
apresentar de forma resumida as pesquisas que estão em andamento e que podem
ser utilizadas ou aplicadas no combate ao coronavírus.
O presidente da Fundação de Amparo à
Pesquisa de Alagoas (FAPEAL) e do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à
Pesquisa do país (CONFAP), Fábio Guedes Gomes, destaca que já existe um número
grande de pesquisas sendo desenvolvidas, no âmbito da Covid-19, no Nordeste e
que o mais importante é a rede de pesquisadores que foi criada na região.
“No Rio Grande do Norte há um grupo de
físicos e matemáticos liderando o trabalho de construção de modelos de previsão
e dinâmica da pandemia. Na Paraíba foi desenvolvido um protótipo de respirador
mecânico na UFPB. Em Alagoas, um grande grupo, liderado por professores da UFAL
está produzindo em escala máscaras plásticas. No Ceará realizaram chamada
pública para contratação de produtos, serviços e pacotes tecnológicos”,
enumera.
“Ou seja, por todo o Nordeste nossas
instituições de ensino públicas, laboratórios e secretarias de saúde estão
irmanados numa só frente: demonstrar ao país que com união, parceria e
cooperação, a ciência é fundamental para mitigarmos o efeito da pandemia”,
pontua.
Iniciativas maranhenses
No Maranhão, grupos de pesquisadores
estão liderando em diversas frentes o combate à Covid-19. O Instituto Federal
do Maranhão (IFMA), nos campi Imperatriz e Monte Castelo, está produzindo
protetores faciais não descartáveis, destinados aos profissionais de saúde,
envolvidos no combate da pandemia na Região Tocantina e na capital. Nos campi
do Centro Histórico em São Luís e em Caxias, profissionais e alunos do curso de
Licenciatura em Química produziram detergentes e desinfetantes para doar às
pessoas em situação de vulnerabilidade social que residem próximas à unidade de
ensino.
Na Universidade Estadual do Maranhão
(UEMA), uma equipe de professores do Departamento de Engenharia de Computação
trabalha no desenvolvimento de um aplicativo para gestão de filas no estado.
Através do app, o usuário poderá informar as condições de aglomeração em locais
que estiver visitando. Dessa forma, através do aplicativo, outros usuários
poderão consultar se endereços estão cheios ou vazios, antes de sair de casa e
outro.
Ainda na UEMA, professores do
Departamento de Engenharia Mecânica do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT)
desenvolvem ventilador para auxiliar na respiração temporária de pacientes com
dificuldades respiratórias causadas pela Covid-19 ou por outros estados
clínicos de emergência onde não existem ventiladores mecânicos convencionais
disponíveis.
Já a Pró-Reitoria de Extensão e
Cultura (Proec) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) promove o projeto
“Máscaras pela Vida”, com expectativa de produção de dez mil máscaras em um
mês, a serem distribuídas gratuitamente às comunidades, por meio de parceria
que envolve a participação de dez costureiras de bairros do entorno da
Universidade, no campus em São Luís.
Enquanto isso, docentes, técnicos de
laboratórios e estudantes do curso de Química estão trabalhando no Laboratório
de Tratamento de Resíduos da UFMA para produzirem o álcool glicerinado 80%, tão
eficaz quanto o álcool 70%. O estoque está sendo encaminhado diariamente para o
Hospital Universitário. O objetivo é atingir a marca de dois mil litros em
apenas 15 dias.
Resultados sobre mapeamento
Após a finalização da aplicação do
formulário, no momento em que for possível um quadro bem consolidado de dados,
os presidentes das FAPs do Nordeste o colocará à disposição do Comitê
Científico do Consórcio dos Governadores do Nordeste para que possam extrair o
máximo possível do potencial da ciência produzida na região.
Como a aplicação do formulário ainda
está em fase inicial de consultas e levantamento, Fábio Guedes Gomes reforça a
importância da união de todas as áreas para o desenvolvimento de resultados
satisfatórios à sociedade. “A pandemia da Covid-19 envolve todas as áreas do
conhecimento, pois apesar de ser um problema de saúde pública, ele tem
rebatimentos em todos os aspectos da sociedade, portanto trata-se de um
problema multidisciplinar e somente juntos conseguiremos as melhores soluções
para essa pandemia em que estamos vivendo”, finaliza.
Governo do Maranhão
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