Um levantamento do TSE mostrou que 45% dos candidatos possuem perfis em plataformas de mídias sociais. Nas eleições de 2020, por exemplo, apenas 25% dos candidatos tinham contas nas redes sociais, quase a metade em comparação com o atual ano eleitoral. Nas últimas eleições, as plataformas digitais tiveram um impacto considerável nas divulgações eleitorais.
Hoje, qualquer informação falsa, popularmente conhecida como fake news, em poucos cliques pode gerar um grande impacto na interpretação popular. Segundo uma pesquisa do Datafolha deste ano, 60% das pessoas entrevistadas afirmaram que esse tipo de circulação falsa pode influenciar negativamente nos resultados.
A coordenadora do curso de Jornalismo do Centro Universitário Estácio São Luís, Lila Antoniere, explica que um jornalismo sério, por si só, combate a desinformação, exercendo sua função social e ética da profissão. “A desinformação é algo que o jornalismo sério sempre combateu, atualmente ganhou mais força, principalmente, com o surgimento das redes sociais. Toda a informação que passa pelas mãos de um jornalista é checada e apurada para que chegue ao público um conteúdo de qualidade e com verdade”, completa.
A especialista ainda aponta a necessidade de verificar a origem do link. Como estamos falando de informação, para ser verdadeiro, precisa vir fontes seguras. “Qualquer conteúdo que chegue ao público fora desse contexto pode ser fake ou até mesmo um golpe. Portanto, a checagem é sempre importante”, finaliza a coordenadora.
Dicas de checagem e prevenção
O professor do Núcleo de Tecnologia da Facimp Wyden, Paulo Henrique, expõe alguns pontos de atenção para os quais todos devem estar atentos ao lerem algum conteúdo.
Endereço falso e checagem da fonte: É necessário analisar se o endereço da web está correto, comparando-o com a página inicial da organização de notícias. Se você encontrou algumas inconsistências, pode ter descoberto informações falsas.
Verifique também se o texto é escrito por uma fonte confiável. Caso queira investigar a fundo, acesse a página/aba do site ‘sobre’ ou ‘saiba mais’ para verificar mais informações do autor.
Autor anônimo: Na maioria das vezes, os artigos falsos são publicados por alguém que não se identifica. Quando não ocorre isso, quem publica o conteúdo pode usar um nome de autor genérico ou remover completamente a assinatura. Portanto, suspeite”, completa Paulo Henrique.
Erros na ortografia: As notícias falsas têm como principal objetivo gerar confusão. Por deixar a qualidade e veracidade do conteúdo em segundo plano, pode conter vários erros ortográficos e gramaticais.
Manchetes: Manchetes apelativas são utilizadas para gerar emoções e curiosidade. Se você encontrou manchetes exageradas e suspeitas, é provável que acompanhe diversas informações falsas.
O professor da Facimp Wyden ainda dá uma dica final importante para prevenir que essas informações continuem se multiplicando. “Existem também vários sites de verificação de fatos que você pode visitar, além de algumas maneiras e etapas pelas quais são encaminhadas as denúncias. A maioria das plataformas de mídia social já contam com diferentes opções que possibilitam isso, como o Facebook, Twitter e Instagram”.
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