Comprar no débito ou crédito? A prazo ou à vista? Eis que surge uma das dúvidas mais comuns entre os consumidores na hora de pagar as compras no final do ano. De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 79% dos brasileiros preferem as prestações. Mas a verdade é que tanto pagar à vista quanto parcelar tem vantagens e desvantagens, conforme explica o coordenador do curso de administração do Centro Universitário Estácio São Luís, Diêgo Pinheiro.
Segundo o professor, o importante é que o consumidor faça uma avaliação criteriosa antes de comprar. “É importante que essas compras de longo prazo, sobretudo as parceladas sejam objeto de uma seleção. Não é tudo que será pago à vista, nem tudo deve ser parcelado no cartão de crédito”, alerta.
O especialista orienta a, no caso de pagamentos à vista, verificar a possibilidade de desconto. “Se você tem o dinheiro para pagar aquela compra e o vendedor te oferece algum tipo de abatimento, é uma oportunidade a ser aproveitada”, comenta.
O pagamento à vista também traz outras vantagens para o consumidor: nesse caso, não existe a possibilidade de ter o nome incluído nos serviços de proteção ao crédito, além de, caso necessário, ter opções de créditos facilitados em qualquer instituição financeira.
Ainda de acordo com o professor, o parcelamento pode ser interessante para o comprador caso seja possível manter o mesmo valor do produto à vista - especialmente no caso de bens duráveis. “Os cartões de crédito ainda possibilitam acumular milhas e outros benefícios, que podem ser utilizados para descontos e até mesmo compras de passagens aéreas”, complementa o economista.
E você já ouviu falar em cashback? Em português, o termo significa literalmente “dinheiro de volta” e é o novo queridinho das promoções, que também pode ser aproveitado pelo consumidor. “Cashback é quando o cliente realiza uma compra e recebe de volta parte do valor gasto. Depois, é possível resgatar esse valor em conta corrente ou usar em outros estabelecimentos, a depender do programa ou empresa que oferece o programa de recompensas”, explica.
O fundamental, segundo Diêgo Pinheiro, é que cada consumidor avalie a sua real situação financeira e meça as oportunidades na hora da compra. “O melhor caminho vai depender da realidade de cada pessoa, do momento e das alternativas que ele tem, e de que forma o valor investido naquela compra, seja à vista ou a prazo, pode representar um comprometimento da renda. É a partir daí que pode ser feita a decisão pelo pagamento à vista ou pela alternativa do parcelamento”, recomenda.
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