Juciliane Pereira, de 35 anos, não se vê trabalhando em outra área que não seja o setor metalúrgico. Como preparadora de torno CNC, ela completou, em 2021, dez anos de atuação na Neodent, líder em implantes no Brasil, sendo nove deles no departamento de usinagem da companhia. Atualmente, Jucilaine é referência entre os colegas, em uma área anteriormente dominada por homens, por sua dedicação e conhecimento técnico. Mas nem sempre foi assim.
Quando iniciou a carreira na empresa, em 2011, a hoje experiente profissional nem mesmo sabia o que era um CNC (Computer Numeric Control, sistema que permite o controle de máquinas utilizado principalmente em tornos e centros de usinagem). “Eu aprendi praticamente do zero. Minha primeira função na companhia foi no setor de higienização. Seis meses depois, fiz um curso para operador de CNC, e, com um ano de empresa, gabaritei uma prova que me capacitava para trabalhar com usinagem na Neodent”, afirma Jucilaine.
A “invasão” feminina em setores antes exclusivamente ocupados por homens é uma tendência em crescimento, de acordo com recente estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento afirma que, até 2030, 64,3% das mulheres em idade produtiva deverão estar empregadas ou em busca de trabalho, ao passo que a porcentagem masculina diminuirá de 89,6% para 82,7%, em comparação à década de 1990.
Além disso, a pesquisa do Ipea também mostra que elas também têm buscado mais estudo e formação superior que os colegas masculinos. “A empresa nos dá chance de evoluir e oportunidades de crescer. Tem sido uma experiência maravilhosa, ainda mais com todo o suporte da Neodent e com o auxílio dos meus colegas”, acrescenta Jucilaine, que possui formação tecnóloga em fabricação mecânica e iniciará, neste ano, uma pós-graduação em gestão estratégica para indústria.
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